03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2836 Resumo encontrados. Mostrando de 781 a 790


PNb0365 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Análise comparativa de diferentes métodos de quantificação de matriz óssea em áreas de reparo ósseo
Isabella Santos Paula, Camila Rodrigues Borges Linhares, Eduardo Fraga Maciel, Igor Gonçalves Ribeiro Silva, Bruno Augusto Nassif Travençolo, Carlos José Soares, Priscilla Barbosa Ferreira Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O processamento automatizado de imagens aplicado na análise histomorfométrica tem emergido na avaliação tecidual, o que contribui para o diagnóstico e prognóstico de doenças. Este estudo objetivou comparar diferentes métodos para análise de imagens histológicas baseado na segmentação por duplo limiar. Foram capturados 651 cortes histológicos, escaneados com ampliação de 20x de lâminas de processo de reparo ósseo de animais submetidos a radiação ionizante coradas com Tricrômico de Masson. A análise histológica comparou três métodos: (a) manual, com a utilização de grade de 144 pontos para quantificação da matriz óssea; (b) semiautomático, baseado na segmentação manual por limiarização da matriz óssea utilizando o ImageJ, e (c) automático, com criação de um plugin de domínio público desenvolvido para o ImageJ . A análise estatística de Bland-Altman mostrou concordância entre os métodos e ausência de diferença significativa (p>0,05). O método automático reduziu significativamente o tempo de análise em comparação aos demais (p<0,01).

Conclui-se que ambos os métodos demonstraram eficácia na avaliação da neoformação óssea, com destaque para a nova abordagem automática na redução significativa do tempo de trabalho, padronização e menor suscetibilidade a vieses.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  FAPEMIG Rede Mineira Saúde Oral e Odontologia  N° 00204-23  |  CNPq INCT Saúde Oral e Odontologia  N° 406840/2022-9)
PNb0366 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

ESTUDO RADIOGRÁFICO E TOMOGRÁFICO DA RADIOLUCÊNCIA JUSTAPICAL DOS TERCEIROS MOLARES INFERIORES
Alana Castilho de Souza, Jeane Katiuscia Silva, Ananda Amaral Santos, Alex da Rocha Gonçalves, Fernanda Paula Yamamoto-Silva, Brunno Santos de Freitas Silva
Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Apesar das Radiolucências Justapicais (RJA) não se tratarem de alterações incomuns, foram descritas pela primeira vez somente em 2004, através da análise radiografias panorâmicas realizada por Bohay et al. Este estudo teve como finalidade analisar as características radiográficas e tomográficas da radiolucência justapical e discutir a sua etiologia. Foram selecionadas e avaliadas 123 radiografias panorâmicas de pacientes que apresentavam os terceiros molares inferiores. A partir desta seleção foi realizada uma segunda análise, utilizando o programa CS 3D Imaging Software, em busca de radiografias que apresentassem a RJA, sendo encontrados 19 casos. Desses, 9 casos foram compatíveis com variação na posição do canal da mandíbula; 3 casos compatíveis com dilatação do folículo dentário; 6 casos compatíveis com variação morfológica da trabécula óssea; e 1 caso compatível com lesão periodontal. Foi possível observar uma predominância do sexo feminino, onde 78,94% dos casos foi constituido por mulheres. A média das idades foi entre 18 e 39 anos. Os terceiros molares mais envolvidos foram os do lado direito, representando 52,53% dos casos. 60% dos casos de RJA encontrados estavam localizados na região apical.

A radiolucência justapical dos terceiros molares pode indicar uma grande variedade de condições, sendo a maior parte dos casos representada por variações na normalidade. Estas devem ser criteriosamente analisadas dispondo-se de exames complementares que permitam a identificação e minuciosa inspeção das mesmas.

PNb0367 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação do espessamento da mucosa do assoalho do seio maxilar por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico
Adriana Caroline Leite, Luiz Gustavo Siqueira Giublin, Orlando Motohiro Tanaka, Sérgio Aparecido Ignácio, Paulo Henrique Couto Souza
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo principal do estudo foi avaliar o grau de espessamento da mucosa do assoalho do seio maxilar (SM), por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Secundariamente, avaliou-se a relação de proximidade das raízes dos primeiros molares superiores com o (SM) e o padrão do óstio sinusal. A amostra foi composta por 189 imagens tomográficas de 68 pacientes do sexo masculino e 121 do sexo feminino. Com a ferramenta de mensuração linear foi mensurado o grau de espessamento da mucosa do assoalho dos seios maxilares, mantendo-se a perpendicularidade entre o limite inferior do SM e o limite mais superior da mucosa do SM. A relação das raízes dos primeiros molares superiores com o assoalho dos seios maxilares foi avaliada de acordo com a seguinte classificação: presença de imagens compatíveis com o SM na região da bifurcação das raízes (Tipo 1); presença de imagens compatíveis com o SM entre a região de bifurcação e o limite apical das raízes (Tipo 2) e ausência de imagens compatíveis com o SM entre a região de bifurcação e o limite apical das raízes dos primeiros molares superiores (Tipo 3). Avaliou-se o padrão do óstio sinusal conforme a classificação normal ou obstruído. Após análise estatística com o teste do Qui-Quadrado e o teste da diferença entre duas proporções, demonstrou-se que a classificação das raízes do primeiro molar superior do tipo 2 foi associada a graus de espessamentos da mucosa superiores a 4,01mm (p<0.05). Além disso, demonstrou-se que o espessamentos da mucosa superior a 4,01mm foi relacionado com obstrução dos óstios sinusais (p<0.05).

O espessamento do assoalho da mucosa do SM, superior a 4,01mm em imagens de TCFC requerem atenção em relação a raízes dos primeiros molares superiores e ao óstio sinusal.

PNb0368 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Uso de fibrina rica em plaquetas em alvéolos pós-exodontia de pacientes submetidos a radioterapia de cabeça e pescoço
Eduardo Fraga Maciel, Dhiancarlo Rocha Macedo, Jessica Ferreira Rodrigues, Luiz Fernando Barbosa de Paulo, Guilherme José Pimentel Lopes de Oliveira, Priscilla Barbosa Ferreira Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Entre as complicações mais graves decorrentes da radioterapia aplicada ao tratamento do câncer de cabeça e pescoço, destaca-se a osteorradionecrose, frequentemente associada a exodontias. Este estudo avaliou o uso da fibrina rica em plaquetas avançada (A-PRF) na prevenção da osteorradionecrose e na redução de complicações pós-operatórias após exodontias em pacientes irradiados. A amostra foi composta por 30 pacientes com histórico de tratamento radioterápico para câncer de cabeça e pescoço, atendidos no Hospital Odontológico da UFU, totalizando 134 exodontias realizadas. Os alvéolos foram randomicamente distribuídos no grupo controle (exodontia + coágulo; n=67) e no grupo experimental (exodontia + A-PRF; n=67). As avaliações clínicas foram realizadas 7, 14, 30, 60, 90 e 120 dias após exodontia, com foco na cicatrização do sítio operatório e na intensidade da dor, medida pela escala visual analógica. Outras complicações pós-operatórias, incluindo edema, sangramento, coloração, consistência e supuração, também foram avaliadas. Foi utilizado modelo linear misto para avaliar os efeitos do tratamento nas extrações e o teste de Fisher para comparar variáveis dicotômicas, com análises de 95% de confiança.

A maioria dos pacientes era do sexo masculino (76,7%), com média de idade de 57,6 anos, baixo nível educacional e econômico, e prevalência de tabagismo e alcoolismo. Não houve diferenças significativas entre os grupos nos parâmetros avaliados. Ambos (A-PRF e controle) apresentaram padrões semelhantes em relação à dor e cicatrização, sem casos de osteorradionecrose ou outras complicações cirúrgicas. O uso de A-PRF não trouxe benefícios adicionais no processo de cicatrização a curto e médio prazo dentro dos parâmetros avaliados.

(Apoio: CAPES  N° # 001   |  FAPEMIG  N° RED # 00204-23; APQ 03238-24  |  CNPq - CNPq INCT Saúde Oral e Odontologia  N° INCT Saúde Oral e Odontologia # 406840/2022-9)
PNb0370 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

CÂNCER DE BOCA ASSOCIADO E NÃO ASSOCIADO AO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES RELACIONADOS AO MICROAMBIENTE TUMORAL
Débora Rosa Medeiros, Gustavo Lima Bichiato, Adriele Vitória Dos Santos da Silva1, Vinicius Gonçalves de Souza, Belmiro Ferreira Neves Neto, Mirna Scalon Cordeiro, Sérgio Vitorino Cardoso, Carla Silva Siqueira
Faculdade de Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O câncer de boca possui como etiologia o tabaco, álcool e microrganismos como o Papilomavírus humano (HPV). Este, pode induzir displasias no epitélio, podendo evoluir para o carcinoma espinocelular (CEC), ao desativar proteínas reguladoras do ciclo celular, como p53 e p16. O tratamento inclui cirurgia, quimioterapia e radioterapia, tendo a cirurgia como padrão-ouro. Como tratamento adjuvante, a imunoterapia se destaca melhorando o prognóstico, reduzindo efeitos adversos e toxicidade. O microambiente tumoral (MT) compreende uma análise do estroma tumoral, essencial para identificar pacientes que podem se beneficiar da abordagem imunoterápica. O objetivo foi analisar casos de CEC/HPV+ e CEC/HPV, avaliando a expressão de PD-1/PD-L1 e do MT, incluindo estroma, linfócitos, macrófagos e neutrófilos associados ao tumor (TILs, TAMs e TANs, respectivamente). Analisou-se 12 casos de CEC oral (6 HPV+ e 6 HPV-) do Hospital de Amor de Barretos, pareados por diferenciação e estadiamento. As amostras foram organizadas em tissue microarray e analisadas quanto a TILs, TAMs e TANs. A imuno-histoquímica detectou p16 e PD-L1, seguindo critérios padronizados e analisado por patologista treinado.

O estudo revelou menor infiltração de TILs em estágios avançados e maior presença de TAMs e TANs nos casos HPV+. Tumores HPV- tinham mais leucócitos e vasos sanguíneos, enquanto HPV+ apresentavam mais estroma. Casos com mais TILs estavam em estágios iniciais e os casos com estadiamento clínico pior tinham mais TAMs. Nota-se o impacto da caracterização morfológica na compreensão do MT, destacando a relevância de marcadores na resistência tumoral, bem como a influência do HPV na resposta imune dentro do tumor, intervindo no prognóstico e tratamento do CEC.

PNb0371 - Painel Aspirante
Área: 7 - Patologia Oral

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da relação entre exposição ao tabaco/álcool e o grau de diferenciação nos carcinomas espinocelulares orais
Mariane Cordeiro Dos Santos, Aline de Santana Garcia, Flávia Akemi Nakayama Henschel, Talita de Carvalho Kimura, Vanessa Cristina Veltrini
Departamento de Odontologia UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O câncer é uma das principais causas de mortalidade em todo o mundo, sendo o câncer bucal particularmente prevalente no Brasil. Este tipo de neoplasia apresenta associação etiológica com o tabagismo e o consumo de álcool. Tumores pouco diferenciados apresentam pior prognóstico devido ao crescimento mais agressivo. Embora a relação entre tabagismo/etilismo e a carcinogênese oral esteja bem estabelecida, poucos estudos exploram o impacto dessas exposições sobre o grau de diferenciação tumoral. Este estudo transversal investigou a associação entre exposição ao tabaco/álcool e o grau de diferenciação tumoral, com base na análise de 66 casos de carcinoma espinocelular oral confirmados histopatologicamente, registrados entre 1996 e 2023. Dados clínicos foram coletados dos prontuários, com foco em variáveis relacionadas ao tabagismo e consumo de álcool, como quantidade, frequência, duração e cessação da exposição. O grau de diferenciação celular tumoral (I, II ou III) foi determinado por meio de análise histológica. Os dados de exposição foram então correlacionados ao grau de diferenciação tumoral. Observou-se associação estatisticamente significativa entre a cessação do tabagismo e o volume tumoral (p = 0,045), sendo que fumantes ativos apresentaram maior proporção de tumores volumosos. Ex-fumantes mostraram distribuição mais equilibrada entre altos e baixos volumes tumorais. Além disso, variáveis como quantidade de queratina, grau de diferenciação e profundidade de invasão demonstraram tendência à significância estatística quando correlacionadas ao tabagismo (p < 0,05).

Os resultados oferecem base científica para ações preventivas e identificação de pacientes com maior risco de desenvolver formas agressivas da doença.

(Apoio: FAPs - FA)
PNb0372 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA, SENSORIAL E PSICOSSOCIAL DE PACIENTES COM SÍNDROME DE ARDÊNCIA BUCAL: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Nathalia Souza de Andrade, Bruno Munhoz Marotta, Liliane Novaes Joaquim, Norberto N. Sugaya, Camila de Barros Gallo
Estomatologia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Síndrome de Ardência Bucal (SAB) é uma dor orofacial crônica caracterizada por queimação na mucosa oral, sem local ou sistêmica identificável, de origem desconhecida. Este estudo caracterizou 14 pacientes com SAB segundo critérios propostos pelo recente consenso Delphi internacional, enfatizando anamnese dirigida, exame sensorial e avaliação psicossocial. A maioria eram mulheres (78,6%) com média de idade de 60,2 anos (42-77 anos). Os sintomas apresentavam intensidade moderada a intensa, com escore médio de 7,08 na escala numérica de avaliação da dor (END) e duração média de 4,6 anos (0,5-20 anos). O ápice da língua e a mucosa labial foram as regiões mais acometidas (53,8%). A análise de regressão linear múltipla revelou um modelo estatisticamente significativo (R² = 0,58, p = 0,004), indicando que 58% da variabilidade intensidade dos sintomas (END) pode ser explicada pelos preditores. As pontuações no Questionário de Dor McGill (β = 0,52, p = 0,02) e na Escala de Catastrofização da Dor (β = 0,38, p = 0,03) foram identificadas como variáveis independentes significativamente associadas ao aumento da intensidade dos sintomas. Embora o teste sensorial quantitativo não tenha atuado como fator preditivo da intensidade de dor, a maior parte dos pacientes demonstrou alteração sensorial periférica (50% hiperestesia, 35.7% hipoestesia), corroborando com as informações sobre a fisiopatologia da SAB.

Por outro lado, pelos resultados observados, fatores psicossociais (Questionário de Dor McGill e Escala de Catastrofização da Dor) são preditores significativos da intensidade da dor, sugerindo que a atenção a estes fatores desempenha um papel crucial no manejo clínico desta condição.

(Apoio: CAPES)
PNb0373 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Parâmetros de saúde bucal em pacientes oncológicos pediátricos com tumores sólidos e hematológicos
Michele Soares Lima, Guilherme Vidal da Silva, Fernanda Visioli
Patologia e estomatologia UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo retrospectivo foi avaliar a saúde bucal de pacientes pediátricos oncológicos do Instituto do Câncer Infantil (ICI) de Porto Alegre. Aprovado pelo comitê de ética (N° 6.232.760), o estudo coletou TCLE dos responsáveis. Foram incluídos pacientes de 0 a 19 anos com diagnóstico confirmado entre 1994 e 2024. Analisaram-se prontuários médicos, odontológicos e radiografias panorâmicas. Dois pesquisadores treinados e calibrados coletaram os dados. A análise estatística utilizou o software SPSS 21.0. A normalidade foi verificada por histogramas e teste de Shapiro-Wilk. Teste t ou qui-quadrado comparou os dados, considerando p<0,05 significativo. Foi realizada regressão logística para desfechos dicotômicos, inserindo variáveis significativas em modelo multivariável. Foram avaliados 142 indivíduos com tumores sólidos (TS) e 123 com hematológicos (TH). A quimioterapia foi o tratamento mais comum, especialmente em TH (97,5%, p=0,001). Observou-se baixa frequência de escovação (2,03 ± 0,96) e uso de fio dental (12,9%). A atividade de cárie foi fator de risco para gengivite (OR=2,752, p=0,001). A radioterapia em tratamentos multimodais aumentou mais de 2x o risco de cárie. Indivíduos com TS apresentaram maior risco de anomalias dentárias (OR=2,00, p=0,043) e atraso de erupção (OR=19,78, p=0,006). Pacientes com TH tiveram maior risco de gengivite (OR=2,920, p<0,001). No modelo multivariável, gengivite manteve-se como fator de risco independente para cárie (OR=3,39, p=0,001). O diagnóstico de TS foi forte fator de risco para anomalias dentárias (OR=25,73, p=0,007).

Conclui-se que o acompanhamento odontológico é essencial para prevenir e tratar complicações orais associadas ao tratamento antineoplásico.

PNb0374 - Painel Aspirante
Área: 7 - Estomatologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Efeito da fibrina rica em plaquetas combinado a osso bovino no reparo alveolar em pacientes oncológicos pré radioterapia
Jessica Ferreira Rodrigues, Dhiancarlo Rocha Macedo, Luiz Fernando Barbosa de Paulo, Gabriella Lopes de Rezende Barbosa, André Luís Faria E. Silva, Priscilla Barbosa Ferreira Soares
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Exodontias em pacientes que serão submetidos à radioterapia na região de cabeça e pescoço requerem abordagens que favoreçam a preservação óssea e minimizem complicações durante o processo de cicatrização, especialmente quando se considera a possibilidade de reabilitações futuras. A manutenção dos alvéolos torna-se essencial, sendo o uso de biomateriais uma estratégia amplamente adotada. Este estudo avaliou os efeitos da combinação do PRF associado ao osso bovino desproteinizado (Sticky Bone) no reparo ósseo de alvéolos pós-exodontia em pacientes oncológicos. Após radomização os alvéolos foram preenchidos com coágulo (controle) ou com osso liofilizado+PRF (experimental). A avaliação clínica incluiu inspeção do leito cirúrgico e a neo formação óssea foi analisada por exames radiográficos qualitativos interpretados por três avaliadores cegos, 7 e 14 dias pós exo, 60 dias após radioterapia. Quinze indivíduos foram randomizados apenas 6 pacientes completaram o acompanhamento de 60 dias após a radioterapia. Os dados foram submetidos ao teste de Mann-Whitney, regressão binária multinível e regressão de efeitos mistos (α = 0,05). Os resultados indicaram que o uso do Sticky Bone não apresentou impacto estatístico significante ao longo do período analisado. No entanto, foi observada melhora significativa nos scores clínicos aos sete dias pós-operatórios.

Conclui-se que, embora não tenha havido benefício significativo na regeneração óssea e tecidual nos primeiros 60 dias após a radioterapia, a abordagem proposta se mostra promissora e reprodutível, destacando a importância da padronização de protocolos voltados à preservação óssea e à viabilização de uma futura reabilitação de pacientes oncológicos.

(Apoio: CAPES  N° # 001   |  # 00204-23; APQ 03238-24   N° FAPEMIG RED   |  # 406840/2022-9  N° CNPq INCT Saúde Oral e Odontologia)
PNb0375 - Painel Aspirante
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Comparação da análise fractal em radiografia panorâmica e reconstruções panorâmicas de tomografia computadorizada de feixe cônico
Camila Silvério Carvalho Vieira, Guilherme José Pimentel Lopes de Oliveira, Gabriella Lopes de Rezende Barbosa
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O estudo objetivou comparar a utilização de radiografia panorâmica (PAN) e reconstruções panorâmicas obtidas a partir de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) para a avaliação da estrutura óssea trabecular por meio da dimensão fractal (DF). Esse estudo transversal avaliou imagens de PAN e TCFC de 20 pacientes, obtidas com um intervalo máximo de 30 dias, e nas quais fosse possível visualizar o forame mentual bilateralmente. A partir de cada volume tomográfico, foram obtidas reconstruções panorâmicas com as seguintes espessuras: 160 µm; 480 µm; 800 µm; 1.1 mm; 2.1 mm; 3.0 mm; 4.0 mm; 5.0 mm; 10.1 mm; 14.9 mm; 20.0 mm; 29.9 mm; 40.2 mm e 50.1 mm. Para cada imagem obtida, foram manualmente selecionadas 6 regiões de interesse (ROIs) de 40x40 pixels, posicionadas 2mm superior, anterior e inferiormente ao forame mentual. Os valores de DF foram calculados a partir da técnica de White & Rudolph. Os diferentes grupos foram comparados pelo teste two-way ANOVA complementado pelo teste post hoc de Tukey. A concordância intraobservador foi testada pelo coeficiente de correlação intraclasse. Os resultados mostraram diferença estatística entre os valores de DF obtidos a partir de diferentes exames (p < .001) e a partir de diferentes ROIs (p = 0.021). Entretanto, quando as variáveis exame e ROIs foram comparadas, não foi observada diferença entre os grupos (p = 0.993). Em relação à espessura das reconstruções panorâmicas, foi observada uma diferença entre as reconstruções menos espessas (160 µm e 480 µm) e as mais espessas (29.9 mm; 40.2 mm e 50.1 mm) (p < 0.001).

Conclui-se que existem diferenças entre os valores de DF obtidos a partir de PAN e reconstruções panorâmicas de TCFC, e diferenças entre ROIs no mesmo exame de imagem.

(Apoio: CAPES  N° 001  |  CNPq  |  FAPEMIG)



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