03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2836 Resumo encontrados. Mostrando de 1611 a 1620


PNd0682 - Painel Efetivo
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Efeito da incorporação de pentóxido de nióbio (Nb₂O₅) na resistência flexural e rugosidade de resina de impressão 3D à base de PMMA
Enrico Coser Bridi, Tiago Artur Bittencourt Navega, Mayara zaghi Dal Picolo, João Pedro Rangel Coelho, Jéssica Nespolo Martins, Vagner Leme Ortega, Vicente Castelo Branco Leitune, Vanessa Cavalli Gobbo
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a influência da incorporação de pentóxido de nióbio (Nb₂O₅) em diferentes concentrações (0,5%, 1% e 2,5%) na resistência flexural e rugosidade de superfície de uma resina de impressão à base de poli(metil metacrilato) (PMMA). Corpos de prova foram confeccionados via impressão 3D (Phrozen Sonic Mini 8K) com design CAD e parâmetros padronizados. Para o ensaio de resistência flexural (n = 10), barras de 25 × 2 × 2 mm (ISO 10477) foram confeccionadas. Para análise de rugosidade (n = 10), foram produzidos discos de 5 mm de diâmetro × 2 mm de espessura. A lavagem prévia à pós-cura foi feita com álcool isopropílico por 5 min, utilizando equipamento Wash and Cure (Anycubic). A pós-cura foi realizada no mesmo equipamento (405 nm, 60 W, 30min). A resistência flexural foi determinada em máquina de ensaio (Emic) com dispositivo de três pontos a 0,5 mm/min. A rugosidade foi medida em triplicata (Ra, μm) em rugosímetro (Surftest SJ-210, Mitutoyo). Os dados apresentaram distribuição normal (Shapiro-Wilk) e homogeneidade de variância (Bartlett), permitindo ANOVA e teste de Tukey (α = 0,05). O grupo Controle (CTR) apresentou maior resistência flexural (124,4 ± 7,37 MPa), diferindo de todos os grupos com Nb₂O₅. NB05 e NB1 apresentaram valores semelhantes (113,3 ± 4,14 e 113,9 ± 3,68 MPa), superiores a NB25 (98,73 ± 2,56 MPa). Para rugosidade, CTR teve maior valor (0,6110 ± 0,0747 µm), seguido de NB05 (0,4440 ± 0,1284 µm), superiores a NB1 (0,2500 ± 0,0451 µm) e NB25 (0,2170 ± 0,1376 µm), sem diferença entre os dois.

Conclui-se que a adição de Nb₂O₅ diminuiu a resistência flexural, mas melhorou a rugosidade superficial da resina, especialmente nas concentrações de 1% e 2,5%, sugerindo que concentrações entre 0,5%-1% podem ser promissoras em novos estudos.

PNd0687 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

EFEITO ANTIBACTERIANO DE RESINAS BIOATIVAS CONTENDO PARTÍCULAS S-PRG
Mayara zaghi Dal Picolo, João Pedro Rangel Coelho, Enrico Coser Bridi, Flavia Lucisano Botelho do Amaral, Kamila Rosamilia Kantovitz , Roberta Tarkany Basting
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi investigar o efeito de resinas compostas bioativas contendo partículas S-PRG de diferentes viscosidades quanto à atividade antibacteriana de S. mutans. Discos (2 mm x 4 mm) de resinas compostas bioativas (baixa viscosidade: Beautiful Flow Plus F00/ BP0 e Beautiful Flow Plus F03/ BP3; alta viscosidade: Beautiful II/ BII, Beautiful LS/ BLS e Beautiful Bulk Restorative/ BR) foram comparadas a uma resina composta convencional de alta viscosidade (Filtek Z350 XT/ Z350) quanto à contagem de unidades formadoras de colônia (UFC/mL) de Streptococcus Mutans (n=6) após 24 horas e 5 dias de incubação. Os dados obtidos em cada tempo foram analisados por ANOVA um fator seguido de teste pos-hoc de Tukey (α= 5%). Em 24 horas, não houve diferença estatística significativa entre os grupos, exceto entre BII e BP3 (p=0,0112), sendo que BII apresentou maior UFC/mL e BP3 apresentou menor UFC/mL. Após 5 dias, não houve diferença entre Z350, BP0 e BP3, as quais apresentaram maior UFC/mL, seguidos de BLS, BR e BII (p=0,0001); BLS não diferiu estatisticamente de BP3, nem de BR e BII, os quais foram semelhantes entre si.

A atividade antibacteriana foi influenciada pela viscosidade da resina composta. Em 24 horas, resinas fluidas com S-PRG mostraram menor adesão de S. mutans, mas após 5 dias, resinas de alta viscosidade com S-PRG apresentaram menor adesão bacteriana.

(Apoio: CAPES  N° 88887.947061/2024-00)
PNd0688 - Painel Efetivo
Área: 5 - Materiais Dentários

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Sete anos de avaliação clínica de facetas de dissilicato de lítio: influência das técnicas CAD e Press
Ana Flávia Sanches Borges, Naiara Araújo de Oliveira, Idiane Bianca Lima Soares Rusu, Paulo Henrique Martins Fernandes, Thaís Ferreira Rodrigues Mota, Joao Paulo de Souza Borba, Linda Wang, Heitor Marques Honório
Dentística Endodontia e Materiais Odonto UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este ensaio clínico randomizado, do tipo boca dividida, avaliou 178 facetas de dissilicato de lítio, comparando dois métodos de processamento: fresadas (CAD) e prensadas (Press), ao longo de 7 anos. Trinta e três pacientes (27 mulheres, 6 homens; 18-60 anos) receberam 89 facetas por grupo nos dentes anteriores superiores. As avaliações ocorreram no início, aos 6 meses e anualmente até 7 anos (exceto no 3º ano, devido à pandemia), seguindo critérios modificados do USPHS por dois avaliadores calibrados. As análises de Kaplan-Meier e teste Log-rank (α=0,05), com Análise por Intenção de Tratar (AIT), foram realizadas no software JAMOVI (v2.3, 2022). Aos 7 anos, observou-se: adaptação marginal com Taxas de Sobrevivência (TS) de 94,3% (CAD) e 95,5% (Press), sem diferença significativa (p=0,732); alteração de cor em 1 faceta por grupo (p=1,0); descoloração marginal em 16 facetas CAD (TS 82%) e 30 Press (TS 66%), com diferença significativa (p=0,022); fraturas em 7 CAD (TS 91%) e 1 Press (TS 98%), com significância (p=0,017), todas reparáveis. Aos 72 meses, ocorreu uma falha absoluta (decimentação, CAD), recimentada. O desgaste do antagonista mostrou TS de 96% (CAD) e 95% (Press), sem diferença significativa (p=0,701).

Após 7 anos de acompanhamento clínico, o grupo CAD apresentou melhor desempenho no quesito descoloração marginal e pior desempenho no quesito fratura da restauração.

(Apoio: FAPESP  N° 15/01436-2)
PNd0693 - Painel Efetivo
Área: 5 - Dentística

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da Estabilidade de Soluções de Peróxido de Hidrogênio a 50% de Diferentes Fornecedores sob Condições de Temperatura Controlada
Túlia de Souza Botelho, Guilherme Siqueira Santos Azinaro, Juliana Benace Fernandes, Alessandra Bühler Borges, Carlos Rocha Gomes Torres
Dentística INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo comparar a estabilidade de soluções a 50% de peróxido de hidrogênio fornecidas por duas marcas comerciais. As amostras comerciais Interox® (A) e IX501® (B) foram submetidas a três condições diferentes de temperatura: 25 °C (ambiente), 30 °C e 40 °C, durante sete dias e analisadas diariamente pelo método farmacopeico de titulação por permanganato de potássio, em quintuplicata. Os dados foram submetidos à análise estatística com cálculo de médias, desvios-padrão (DP) e análise de variância (ANOVA). Os resultados demonstraram que a média das concentrações da solução do fornecedor A variaram significativamente com o tempo e a temperatura: 48,739% (DP = 0,19) a 25 °C, 48,308% (DP = 0,26) a 30 °C e 47,693% (DP = 0,43) a 40 °C. Já o fornecedor B apresentou valores médios de 50,416% (DP = 0,23), 50,204% (DP = 0,27) e 50,412% (DP = 0,18), respectivamente, sem diferenças estatisticamente significativas ao longo do tempo (P > 0,05). Em contrapartida, o fornecedor A apresentou degradação significativa em todas as condições (P < 0,05), sendo a maior instabilidade observada a 40 °C. Ao avaliar se há diferença entre os fornecedores, os resultados demonstram que há diferença significativa entre as marcas quanto a degradação do peróxido ao longo do tempo (P < 0,05).

Conclui-se que o fornecedor IX501® apresenta maior estabilidade em comparação ao Interox®, nas condições avaliadas.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2024/07204-5 )
PNd0698 - Painel Efetivo
Área: 6 - Prótese

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

INFLUÊNCIA DO FLUXO DE TRABALHO E DO AJUSTE INTERNO NA DESADAPTAÇÃO MARGINAL E INTERNA DE COROAS DE DISSILICATO DE LÍTIO
Ellen Christine Rodrigues de Abreu, Thierry Silva Jacomo, Luciana Katty Figueiredo Sanches, Roberto Chaib Stegun, William Cunha Brandt
Programa de Pós Graduação - DOUTORADO UNIVERSIDADE SANTO AMARO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a influência de diferentes fluxos de trabalho (analógico, híbrido e digital) e ajustes internos na desadaptação marginal e interna de coroas de dissilicato de lítio. Foram confeccionadas 50 coroas, distribuídas em cinco grupos (n=10): G1A (controle): analógico com troquel de gesso e coroa prensada; G2H: híbrido com troquel de gesso e digital e coroa fresada; G3H: híbrido com troquel impresso e coroa prensada; G4H: híbrido com enceramento impresso e coroa prensada; G5D: digital com troquel digital e coroa fresada. A desadaptação marginal foi analisada por estereomicroscópio em quatro pontos (mesial,distal, vestibular e lingual), antes e após ajustes internos. A desadaptação interna foi avaliada por microtomografia computadorizada em películas de silicone de adição, com nove pontos de medição em três cortes mésio-distais, e complementada por análise estereomicroscópica. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (5%). Inicialmente, G4H apresentou os menores valores marginais e G3H os maiores, ambos sem diferença estatística com o controle. Após ajustes, todos os grupos melhoraram, mas G3H diferiu do controle. Na análise interna, G5D teve os menores valores antes e após ajustes, e G3H os maiores, também sem diferença estatística com o controle.

Concluiu-se neste estudo que tanto o fluxo analógico quanto o digital são eficazes na adaptação marginal e interna, com os ajustes internos podendo promover uma melhora na adaptação de coroas de dissilicato de lítio.

PNd0720 - Painel Efetivo
Área: 7 - Imaginologia

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Análise comparativa da radiopacidade entre resinas compostas de diferentes tecnologias
Adriana Dibo da Cruz, Fernando Gabriel Correa de Assis Montes, Marcelo Freitas de Aguiar, Flávio Warol, Angela Scarparo
Formação Específica UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo avaliou a radiopacidade de cinco resinas compostas com diferentes tecnologias: Filtek Z350 XT (3M ESPE, nanoparticulada), Vittra Unique (FGM, microparticulada híbrida), Filtek Universal (3M ESPE, nanoparticulada universal), Charisma Diamond (Kulzer, submicroparticulada) e Omnichroma (Tokuyama, tecnologia adaptativa monocromática). Corpos de prova (5mm diâmetro) em cinco espessuras (1-5mm) foram radiografados sob condições padronizadas (70kVp, 0.019s, 20cm distância) utilizando sensor digital Eagle S #2 (Dabi Atlante), simulador de tecido mole (cera 7, 5mm) e um controle interno de radiopacidade (referência) em cada imagem. Três repetições foram realizadas para cada combinação, com a média dos valores de intensidade de pixel coletados (sotware ImageJ 1.54g) e normalizados pela fórmula: (valor coletado - referência mínima) / (referência máxima - referência mínima). Os dados foram analisados por ANOVA dois fatores e teste post hoc de Tukey (α=0,05). Os resultados demonstraram variações significativas na radiopacidade entre as diferentes tecnologias de resinas (F=240.1, p<0.001). A análise revelou que a Omnichroma apresentou menor radiopacidade (0.664-1.176) comparada às demais (p<0.001). Entre as resinas nanoparticuladas, a Filtek Universal mostrou valores superiores à Filtek Z350 XT (controle) em espessuras maiores. A Charisma Diamond demonstrou a maior radiopacidade geral (diferença máxima de 0.238 vs Omnichroma, p<0.001), enquanto a Vittra Unique apresentou desempenho intermediário.

Todas as resinas avaliadas atenderam aos requisitos mínimos de radiopacidade, porém com perfis distintos que refletem suas particularidades tecnológicas.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PNd0752 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Acesso e utilização de serviços odontológicos em pessoas transgênero atendidas no Sistema Único de Saúde em Florianópolis
Andreia Morales Cascaes, Zeno Carlos Tesser Junior, Igor Santos Araujo, Carolina Kroth, Helena Moraes Cortes, Rodrigo Otávio Moretti-pires, Ana Lúcia Schaefer Ferreira de Mello
SAÚDE PÚBLICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi descrever o acesso e a utilização de serviços odontológicos relatados por 182 pessoas transgênero de 18 anos ou mais atendidas em um serviço ambulatorial de atenção especializada do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual não inclui equipes de saúde bucal, em Florianópolis/SC. O acesso e a utilização de serviços odontológicos foram mensurados por meio de nove perguntas estruturadas, semelhantes às questões do projeto SB-Brasil 2023. Análise descritiva foi realizada no programa Stata 19. A posse de plano odontológico foi relatada por 22%; 52% relatam ter ido ao dentista no último ano, enquanto 1,6% nunca foi ao dentista; 54% informam que tratamento orientado por problemas é o principal motivo de consulta odontológica; 28% relatam ter consultado com o dentista no SUS. A grande maioria (87%) avaliou a última consulta como boa ou muito boa, não havendo diferença pelo tipo de serviço (público ou privado). No último ano, 11% procuraram o dentista, mas não conseguiram atendimento. Mais da metade (54%) já desistiu de procurar um dentista e os principais motivos foram: falta de dinheiro (31%), longa espera (23%), não conseguiu agendar por falta de vaga (10%), horário de atendimento incompatível (10%), e não havia dentista (9%).

Barreiras ao acesso e à utilização dos serviços, especialmente no âmbito do SUS, foram identificadas. A predominância de atendimentos voltados a demandas curativas e a baixa utilização dos serviços públicos odontológicos indicam a necessidade de ampliação da oferta, da inserção de equipes de saúde bucal e da promoção de ambientes acolhedores e inclusivos. Os achados ressaltam a importância de políticas públicas sensíveis às especificidades da população transgênero, com vistas à equidade no cuidado em saúde bucal.

(Apoio: CNPq  N° 404546/2021-8)
PNd0757 - Painel Efetivo
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Panorama da formação acadêmica e da qualificação profissional em Odontologia Hospitalar no Brasil
José Maria Chagas Viana Filho, Juliana Barbosa Dos Anjos, Ana Tatiana Gonzalez de Melo, Raires Chaves da Silva Rodrigues, Gabriella Borges Pinto, Danielly Evangelista da Cunha
Faculdade de Odontologia de Arcoverde UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo deste estudo foi apresentar um panorama sobre o ensino de Odontologia Hospitalar (OH) nas diferentes regiões do Brasil, desde a graduação até a pós-graduação. Trata-se, portanto, de um estudo exploratório, quantitativo e transversal. A coleta de dados foi realizada entre agosto e outubro de 2024, a partir do site do Ministério da Educação (MEC), para catalogar os cursos de Odontologia no Brasil, seguida pela análise das matrizes curriculares nos sites das Instituições de Ensino Superior (IES). As informações sobre o número de cirurgiões-dentistas (CD), especialistas em OH e cursos de especialização por região foram obtidas no site do Conselho Federal de Odontologia (CFO). Foram analisadas 407 IES, das quais 136 ofereciam o componente curricular de OH (33,4%), majoritariamente como componente obrigatório (n=102; 78,5%), com carga horária superior a 30 horas (n=92; 88,5%). O conteúdo é abordado predominantemente de forma teórica (n=62; 53,4%) e mais comum no 9º semestre (n=35; 36,5%). A região Sudeste abriga o maior número de CD (n=469.609; 49,3%) e especialistas em OH (n=1.444; 53,2%), além de concentrar a maior quantidade de cursos de especialização na área (n=35; 35,4%).

Observa-se uma limitada inserção da OH como componente curricular das IES brasileiras, o que pode contribuir para o reduzido número de especialistas na área. A maior oferta de componentes curriculares e cursos de especialização concentra-se na região Sudeste, refletindo diretamente na maior presença de profissionais especialistas em OH nessa região.

PNd0763 - Painel Efetivo
Área: 9 - Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais / Odontologia Hospitalar

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais e Odontologia Hospitalar: análise dos anais SBPqO 2014-2023
Ana Cristina Borges-Oliveira, Michelle Bueno Sobral, Tiago Carvalho Dos Santos, Henrique Narcizo Dumalak Saters, Tatiane Marega, Heloisa Vieira Prado, Paulo Sérgio da Silva Santos
Odontologia Social e Preventiva UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (OPNE) e a Odontologia Hospitalar (OH) e são especialidades da Odontologia voltadas para o cuidado de pacientes que requerem uma abordagem diferenciada. Este estudo bibliométrico objetivou identificar o perfil de resumos que abordam as especialidades OPNE/OH publicados nos anais das reuniões da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO) no período 2014 a 2023. Os anais foram acessados eletronicamente. A seleção dos resumos aconteceu a partir de palavras-chaves relacionadas a OPNE/OH. O material selecionado foi revisado, de modo independente, por duas duplas de pesquisadores previamente treinados. Cada dupla de pesquisadores realizou a análise do mesmo material, sendo as discordâncias previamente solucionadas. Foi feita a análise descritiva dos dados (SPSS - versão 28.0). Dentre os 28.896 resumos analisados, 6,02% deles eram das especialidades OPNE/OH (n=1742). Foi identificado um percentual maior de trabalhos OPNE/OH no ano 2015 (12,6% / n=220) e na modalidade Painel Aspirante e Efetivo (49,1%/n=856). A maioria dos resumos OPNE/OH era de instituições públicas (69,4%/n=1209), sem financiamento (57,9%/n=1008) e oriundos da região sudeste do Brasil (59,6%/n=1039), com uma concentração maior em São Paulo (32,8% / n=572).

A relevância das pesquisas em OPNE/OH se reflete na quantidade considerável de resumos, das respectivas áreas, identificados nos anais da SBPqO no período investigado. A fim de evitar que esses trabalhos fiquem pulverizados dentro de outras áreas do conhecimento, a SBPqO reconheceu e instituiu, a partir de 2025, uma área de conhecimento dedicada às especialidades OPNE e OH.

(Apoio: CNPq  |  CAPES  |  FAPs)
PNd0769 - Painel Efetivo
Área: 9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva

Apresentação: 05/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Sintomas depressivos e qualidade de vida relacionada à saúde bucal em pessoas idosas: um estudo longitudinal
Reyce Santos Koga, Doralice Severo da Cruz, Yeda Aparecida de Oliveira Duarte, Gizelton Pereira Alencar, Paulo Frazão
Política, Gestão e Saúde FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo foi avaliar os efeitos produzidos por sintomas depressivos (SD) na condição dentária e na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) em pessoas idosas, guiada por um modelo teórico-conceitual. Trata-se de um estudo longitudinal com dados dos anos 2006, 2010 e 2015 do Estudo SABE (Saúde, Bem-estar em Envelhecimento). Os SD foram avaliados por meio da Geriatric Depression Scale (GDS), o número de dentes foi aferido com exames clínicos e para mensurar a QVRSB foi utilizado o Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI). A amostra contou com 234 participantes com dados completos para todas as variáveis. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de Modelagem de Equação Estrutural com mínimos quadrados parciais (PLS-SEM). No que se refere aos efeitos diretos e significativos, a maior ocorrência de SD teve relação com menor QVRSB em todas as ondas do estudo e com menor número de dentes em 2006, e o maior número dentes teve relação com maior QVRSB em 2006 e 2015. Sob uma perspectiva longitudinal, o principal achado é que a ocorrência precoce (2006) de maior escore de SD teve efeito indireto e significativo tanto sobre o menor número de dentes nos anos 2010 e 2015, quanto na menor QVRSB nesses anos seguintes.

Os achados sugerem que os SD têm efeitos significativos na QVRSB. A ocorrência precoce de SD está, em uma perspectiva longitudinal, negativamente associada ao número de dentes e à QVRSB. A integração dos cuidados de saúde mental e saúde bucal, com abordagem precoce dos sintomas depressivos, além de prevenir sofrimento psicológico pode afetar positivamente a QVRSB de idosos no decorrer dos anos.

(Apoio: FAPEAM  N° 53783.850.73954.06092021)



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