03 a 06 de Setembro de 2025 | São Paulo / SP

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Resumos Aprovados 2025

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 2836 Resumo encontrados. Mostrando de 641 a 650


PNb0206 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Impacto da geometria da lâmina e da composição metalúrgica no desempenho mecânico dos instrumentos endodônticos de NiTi
Thyago Oliveira Cardoso, Mylena do Rosário Pereira, Murilo Priori Alcalde, Karin Zuim, Victor Talarico Leal Vieira, Sirlei Moura de Almeida Maggioni, Emmanuel João Nogueira Leal da Silva
Programa de Pós-Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo do presente estudo foi de avaliar a influência do design da lâmina (convencional, flat e híbrido) e das propriedades metalúrgicas no desempenho mecânico de instrumentos endodônticos de NiTi. Foram analisados 207 instrumentos, categorizados em convencional (CC One Blue), flat (Platinum V.EU) e híbrido (Flash Endo Power), considerando design, composição da liga, temperaturas de transformação de fase e propriedades mecânicas (fadiga cíclica, torção, flexão, resistência à flambagem, eficiência de corte e microdureza). A análise estatística utilizou ANOVA e Kruskal-Wallis (α = 5%). Os resultados mostraram inconsistências no design dos instrumentos Platinum V.EU e Flash, como variações no comprimento da superfície plana. Todos os instrumentos avaliados apresentaram uma liga equiatômica de NiTi. A 20 °C, o instrumento Flash exibiu uma fase mista de R e austenítica, tornando-se totalmente austenítico a 36 °C, enquanto os instrumentos CC One Blue e Platinum V.EU mantiveram uma fase R completa a 20 °C e mista a 36 °C. O instrumento CC One Blue demonstrou melhor desempenho nos testes de fadiga cíclica, torque e flambagem (p<0,0001), enquanto não houve diferença no ângulo de rotação (p=0,6025). Flash e CC One Blue apresentaram maior flexibilidade que os instrumentos Platinum V.EU (p=0,0066). No entanto, o instrumento Platinum V.EU apresentou maior eficiência de corte e microdureza (p<0,05).

De acordo com os presentes resultados pode-se concluir que instrumentos com lâmina flat (Platinum V.EU) ou híbrida (Flash) apresentaram desempenho inferior ao instrumento com lâmina convencional (CC One Blue).

PNb0207 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação da melhora do bloqueio do nervo alveolar inferior e do nervo bucal, utilizando dexametasona 4mg como medicação pré-operatória
Adriana Carneiro Guedes Alcoforado, Carlos Eduardo da Silveira Bueno, Juliana Cama Ramacciato, Cláudia Fernandes de Magalhães Silveira, Alexandre Sigrist De Martin, Carlos Eduardo Fontana, Daniel Guimarães Pedro Rocha, Rina Andrea Pelegrine

Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pesquisa ensaio clínico prospectivo randomizado foi realizada na Unidade de Pronto Atendimento de Nova Descoberta em Recife-PE. Sessenta pacientes com pulpite irreversível sintomática em molar inferior foram divididos em quatro grupos de quinze. Cada paciente aferiu sua percepção da dor inicial ao frio numa escala visual analógica e tomou uma pré-medicação que podia ser dexametasona 4mg ou placebo, preparadas de forma padronizada e com rótulos cegos ao pesquisador e ao paciente, aguardou-se uma hora, realizou-se novo teste de sensibilidade pulpar ao frio e nova mensuração na escala visual analógica. Então foi realizada infiltração no nervo alveolar inferior com lidocaína 2%. Após 10 minutos, fez-se novo teste de sensibilidade ao frio e nova mensuração na escala visual analógica. E receberam uma infiltração no nervo bucal que podia ser com lidocaína 2% ou articaína 4%, de forma aleatória e cegada ao pesquisador e ao paciente. Após 10 minutos, procedeu-se ao acesso coronário. Caso o paciente apresentasse dor, seria descartado da pesquisa, e se não apresentasse dor, seria considerado sucesso anestésico. Todos os pacientes responderam a um questionário de avaliação da ansiedade odontológica tipo Corah. Não houve diferença significativa entre os grupos amostrais nas diferentes etapas do experimento, e nem nos valores da escala de Corah. Todos os pacientes preencheram e assinaram termo de livre consentimento esclarecido.

A utilização da dexametasona 4mg, assim como a anestesia complementar com articaína 4% ou lidocaína 2% na anestesia do nervo bucal, não interferiu na dor dos participantes da pesquisa entre os períodos experimentais, e, não aumentou a eficácia anestésica do bloqueio do nervo alveolar inferior.

PNb0208 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação do desgaste e da deflexão de brocas em guias endodônticos para canais calcificados
Hellen Carolliny de Souza Nicolau, Ana Cristina Padilha Janini, Natália Tostes Costa, Victor Augusto Benedicto Dos Santos, Jennifer Santos Pereira, Brenda Fornazaro Moraes, Talita Tartari, Marina Angélica Marciano
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O tratamento endodôntico de dentes com calcificações no canal radicular é desafiador e pode estar associado ao acesso guiado. As guias prototipadas são utilizadas para direcionar com precisão o caminho que uma broca específica percorrerá no tecido calcificado. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar, in vitro, o desgaste gerado durante o acesso a canais radiculares calcificados em dentes impressos a partir de modelos impressos na frente de diferentes brocas endodônticas. Os grupos foram formados pelas brocas: 1-0,8 mm, 2-1,0 mm, 3-1,3 mm e 4-associação de três brocas (1,3, 1,0 e 0,8), utilizadas de forma escalonada, nos terços cervical, médio e apical da raiz. O volume do dente desgastado foi realizado em tomografia computadorizada das imagens tomográficas inicial/final (mm3) para o canal calcificado da localização do incisivo central superior direito usando o software ITK-SNAP. A caracterização química e estrutural das brocas foi realizada com MEV em EDS. Finalmente, a força aplicada (N) e o ângulo de deflexão das brocas foram avaliados para a fratura e o ângulo de deflexão das brocas usadas no estudo. ANOVA e testes post-hoc de Tamhane T2 e Tukey foram realizados com um nível de significância de 5% (p < 0,05).

A combinação de três brocas (1,3 mm, 1,0 mm e 0,8 mm) no preparo em etapas causou menor desgaste volumétrico em comparação com cada broca usada individualmente; no entanto, sendo como o grupo com a broca de 0,8 mm, com uma diferença estatística dos outros grupos. O desvio da fresa de 1,3 mm durante o desgaste foi maior do que o dos outros grupos. A composição e o diâmetro da broca parecem interferir no ângulo de deflexão e na força necessária para a fratura. O estudo demonstrou um desgaste dentário mais conservador por meio de um preparo em degraus.

(Apoio: CAPES  N° 001)
PNb0209 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Mapeamento da Migração de Radiopacificadores de Materiais à Base de Silicato de Cálcio por m-XRF e suas Implicações em Parâmetros Sistêmicos
Brenda Fornazaro Moraes, Ana Cristina Padilha Janini, Jennifer Santos Pereira, Hellen Carolliny de Souza Nicolau, Rafaela Caires Santos, Talita Tartari, Lauter Eston Pelepenko, Marina Angélica Marciano
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Materiais reparadores radiopacificados à base de silicato de cálcio são aplicados em íntimo contato com tecidos conjuntivos, onde ocorrem interações e trocas iônicas. Estudos recentes indicaram a migração de radiopacificadores para os tecidos circundantes com consequente acúmulo sistêmico. Este estudo in vivo objetivou avaliar o padrão de migração de diferentes radiopacificadores por Micro Fluorescência de Raio-X (m-XRF) e explorar se essa migração está associada a alterações detectáveis em parâmetros sanguíneos. Os materiais foram caracterizados por Microscopia Eletrônica de Varredura com Detector de Energia Dispersiva (MEV/EDS) e Difração de Raio-X (XRD). Ratos Wistar foram alocados em cinco grupos experimentais de acordo com o material implantado em tecido subcutâneo ou ósseo: ProRoot MTA (Bi2O3) White MTAFlow (Ta2O5), MTA Repair HP (CaWO4), Biodentine (ZrO2) e Silicato Tricálcico puro, além de um grupo controle sem implantação. Após 30 dias, os tecidos adjacentes aos implantes foram analisados por m-XRF e amostras de sangue foram coletadas para análises hematológicas e bioquímicas. Padrões distintos de migração dos radiopacificadores foram observados dependendo do tipo de material e do local de implantação. No entanto, os efeitos sistêmicos, refletidos pelos parâmetros sanguíneos, foram mínimos.

A migração do radiopacificador para os tecidos adjacentes confirmada por m-XRF, reforça a importância do enfoque de pesquisas para estes componentes que, idealmente, deveriam ser inertes. As análises sanguíneas por si só parecem não indicar de forma confiável a real influência sistêmica da exposição de metais radiopacificadores, enfatizando a necessidade de avaliações diretas em nível sistêmico.

(Apoio: FAPESP  N° 2023/09478-2  |  FAPESP  N° 2022/03093-9  |  CAPES  N° 001)
PNb0210 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Bio-C Temp e UltraCal XS: análise da atividade antimicrobiana, pH, liberação de cálcio e toxicidade
Maria Ester França de Melo, Raquel Figuerêdo Ramos, Samira Moreira Santos da Paz, Johnny Carvalho da Silva, Larissa Barbosa de Sousa, Taia Maria Berto Rezende
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana, o pH, a liberação de íons cálcio e a toxicidade da medicação intra-canal Bio-C Temp (Angelus, Londrina, Brasil), em comparação com o UltraCal XS (Ultradent Products Inc, South Jordan, EUA) (padrão ouro). Ambas as medicações foram testadas na forma de extrato nas diluições 1:1, 1:2, 1:4 e 1:16. A atividade antimicrobiana foi avaliada por meio da concentração inibitória e bactericida/fungicida mínima contra Enterococcus faecalis (ATCC 19433), Staphylococcus aureus (ATCC 25923) e Candida albicans (ATCC 10231). O pH foi analisado com um medidor digital e a liberação de cálcio com um medidor portátil de íons de cálcio (LAQUAtwin). A toxicidade foi avaliada pela viabilidade de células mononucleares de sangue periférico humano (CAAE: 79508624.5.0000.0030), após técnica de exclusão do azul de tripan. Ambos os materiais inibiram o crescimento de Enterococcus faecalis, mas não apresentaram efeito bactericida. Não foi observada ação bactericida ou bacteriostática contra Staphylococcus aureus, enquanto apenas os extratos 1:1 e 1:2 do UltraCal XS inibiram o crescimento de Candida albicans. Ambas as medicações intracanais liberaram cálcio e elevaram o pH, com o UltraCal XS apresentando maior liberação inicial de cálcio, enquanto o Bio-C Temp demonstrou uma liberação mais estável e prolongada. O UltraCal XS apresentou baixa toxicidade, enquanto o Bio-C Temp demonstrou toxicidade dose-dependente, com toxicidade acentuada na presença do extrato não diluído.

Embora o Bio-C Temp apresente propriedades promissoras, é essencial realizar mais estudos para avaliar seu comportamento em condições clínicas a longo prazo.

(Apoio: CAPES  N° 88887.007121/2024- 00  |  FAPs - FAP-DF  N° 00193-00000229/2021-21  |  CNPq  N° 2305242/2022-9)
PNb0211 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Efeito da aplicação de biovidro no tratamento da dentina e interação com materiais reparadores biocerâmicos
Marcela de Come Ramos, Pedro Henrique Fiorin de Souza, Marina Trevelin Souza, Edgar Dutra Zanotto, Fernanda Ferrari Esteves Torres, Juliane Maria Guerreiro-tanomaru, Mário Tanomaru-filho
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Biovidro F18 foi desenvolvido pelo Laboratório de Materiais Vítreos (LaMaV - UFSCar, e pode promover melhor interface dentina/material biocerâmico. O estudo avaliou o efeito do tratamento da dentina com soluções de F18 na superfície dentinária e na resistência de união (RU) de materiais reparadores. Dentina de dentes humanos forma analisadas em Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) após tratamento com F18. Raízes de dentes bovinos foram utilizadas para confecção de discos circulares de 20mm x 2mm (diâmetro x altura) para o teste de tração. Outras raízes foram seccionadas com 2 mm de altura e cavidade circular central de 1,5 mm para teste push-out. Os espécimes foram distribuídos de acordo com tratamento da dentina: água destilada (AD) e solução de Biovidro F18 5% (F18 5%), e materiais biocerâmicos: Neo-MTA2 (NMTA2) (Avalon BIOMED) ou BioC Repair (BCR) (Angelus): F18/NMTA2, F18/BCR, AD/NMTA2, AD/BCR. Ensaios mecânicos foram realizados em máquina de ensaos mecânicos (EMIC DL 2000, Brasil). O tipo de falha foi classificado: adesivo, coesivo e misto. Os dados foram submetidos à análise ANOVA e post-hoc de Tukey (α= 0,05). Tratamento com F18 5% promoveu deposição regular e uniforme de material com potencial bioativo sobre a dentina (MEV). Maior RU ocorreu para F18 5% em ambos os materiais (P< 0.05). BCR apresentou maior RU que NMTA2 (P< 0.05). Predominância de falha adesiva foi observada no teste de tração, enquanto no teste de push-out houve predominância de falhas mistas.

Conclui-se que o tratamento da dentina com solução de Biovidro F18 5% aumenta a resistência de união entre dentina e materiais biocerâmicos reparadores, podendo favorecer o selamento.

(Apoio: FAPs - Fapesp  N° 2021/11496-3  |  CNPq  N° 309100/2021-6 )
PNb0213 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Investigação dos marcadores do estado redox salivar de pacientes com pulpite irreversível
Laura Cesário Oliveira, Gladiston William Lobo Rodrigues, Yuri Gabriel Chamorro de Moraes, Gabriele Fernandes Baliero, Rayara Nogueira de Freitas, Larissa Victorino Sampaio, Antonio Hernandes Chaves Neto, Rogério de Castilho Jacinto
Odontologia restauradora UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A pulpite irreversível é caracteriza por dor persistente e intensa. Seu diagnóstico é realizado através de inspeção visual, testes térmicos e exames radiográficos. A saliva é uma fonte atraente de potenciais biomarcadores que podem trazer insights sobre o processo inflamatório e os mecanismos moleculares presentes na pulpite irreversível. O objetivo deste trabalho foi avaliar os marcadores do estado redox de pacientes com pulpite irreversível e comparar com o controle saudável. Metodologia: 32 pacientes saudáveis sem histórico de doença sistêmica, compareceram para atendimento na FOA-Unesp, foram divididos em dois grupos n=16 (PN- polpa normal) pacientes com polpa normal e n=16 (PI- polpa inflamada) pacientes com polpa inflamada. Amostras de saliva não estimulada foram coletadas em tubos falcons de 50 ml imersos em gelo no período da manhã, foram centrifugadas a 6000 rpm a 4ºC durante 15 min e foi feita a coleta do sobrenadante e colocados em criotubos estéreis e levados para o -80ºC até posterior análise. Foram avaliados proteína total (PT), capacidade oxidativa total (TOC), capacidade antioxidante total (TAC), ácido úrico (AU), TBARS e proteína carbonilada (PC). Os dados foram submetidos ao teste T de Student e considerado um nível de significância p<0,05 Resultados: a PI não alterou os valores de PT, TOC, PC, por outro lado, houve um aumento estatisticamente significante nas análises de TBARS, TAC e AU (p<0,05) para PI em relação à PN.

Pacientes com pulpite irreversível apresentam alterações no desequilíbrio do estado redox, essas descobertas abrem caminhos para entender os mecanismos moleculares da inflamação e possibilidades para explorar intervenções terapêuticas visando danos oxidativos na pulpite irreversível.

(Apoio: FAPs - FAPESP  N° 2023/05138-2  |  FAPs - FAPESP  N° 2023/13571-8   |  FAPs - FAPESP  N° 2023/05523-3)
PNb0214 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Do macro ao nano: impacto mecânico da radioterapia e dos irrigantes sobre a dentina radicular
Lívia Ribeiro, Eduardo Antunes Bortoluzzi, Luiz Carlos de Lima Dias Junior, Ana Maria Hecke Alves, Cleonice da Silveira Teixeira, Paulo Henrique dos Santos, Bruno Alexandre Pacheco de Castro Henriques, Lucas da Fonseca Roberti Garcia
Pós Graduação em Odontologia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

A radioterapia (RT) para tratamento de câncer de cabeça e pescoço pode provocar alterações estruturais nas superfícies dentárias, afetando suas propriedades mecânicas. Este estudo in vitro avaliou a microdureza, nanodureza e o módulo de elasticidade (Módulo de Young) da dentina intrarradicular irradiada (30 Gy e 60 Gy), após contato com soluções de clorexidina 2% (CHX) e hipoclorito de sódio 1% (NaOCl). Vinte pré-molares unirradiculares foram clivados mésio-distalmente, originando 40 hemissecções. As amostras foram distribuídas em quatro grupos experimentais, pareados por dente. A microdureza Vickers foi avaliada nos momentos inicial (T0), pós-irradiação (T1) e após irrigação (T2). Na segunda fase, analisaram-se 25 amostras: 20 hemissecções irradiadas/irrigadas e 5 controles não tratados. A microdureza foi significativamente reduzida pela RT (p<0,0001), com os menores valores observados nos grupos irradiados com 60 Gy e irrigados com NaOCl. A CHX manteve valores mais elevados ao longo do tempo. Para a nanodureza, o grupo NaOCl/60Gy apresentou valores significativamente menores que o controle (p=0,001), mas não diferiu dos demais grupos experimentais. Para o módulo de Young, os grupos irradiados tratados com CHX e NaOCl apresentaram valores significativamente menores que o controle, sem diferença entre si.

Conclui-se que a RT compromete a resistência dentinária, com maior impacto observado na associação 60 Gy + NaOCl, enquanto a CHX pode ser uma alternativa mais conservadora.

(Apoio: CAPES)
PNb0215 - Painel Aspirante
Área: 2 - Biologia pulpar

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

Avaliação Molecular de Fungos no Terço Apical de Dentes com Insucesso Endodôntico e Polpa Vital Utilizando Criopulverização
Larissa de Souza Oliveira, Erica Mendes Lopes, Ederaldo Pietrafesa de Godoi Junior, Adriana de Jesus Soares, Marina Angélica Marciano, Talita Tartari, Brenda Paula Figueiredo de Almeida Gomes
Odontologia Restauradora FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

Este estudo teve como objetivo investigar a presença de espécies fúngicas no terço apical de dentes extraídos com insucesso no tratamento endodôntico (IE) e dentes com polpa vital (PV), utilizando o método de criopulverização seguido de análise molecular por Nested-PCR. Foram incluídos 15 dentes com IE, apresentando lesões periapicais e extraídos por limitações protéticas, e 15 dentes clinicamente saudáveis com PV, extraídos por indicações ortodônticas ou cirúrgicas. Os dentes foram seccionados a 6 mm do ápice e submetidos à moagem criogênica (Freezer Mill 6750, Spex). A extração de DNA e a identificação das espécies fúngicas foram realizadas por Nested-PCR com primers específicos para cada espécie. A análise estatística incluiu os testes exato de Fisher, correlação de Spearman, Shapiro-Wilk e teste t de Student. DNA fúngico foi detectado em 60% (9/15) das amostras do grupo IE, sendo Candida albicans (8/15) e Candida tropicalis (7/15) as espécies mais frequentes. No grupo PV, fungos foram identificados em 20% (3/15) das amostras, com a detecção pontual de C. albicans, C. tropicalis e C. parapsilosis. Foram observadas associações significativas entre C. albicans e sensibilidade à percussão, bem como entre C. tropicalis e obturação inadequada (p<0,05).

Conclui-se que a colonização fúngica é frequente no terço apical de dentes com insucesso endodôntico, sendo que a obturação inadequada pode contribuir para sua persistência e sintomas associados.

(Apoio: FAPESP  N° 2015/23479-5, 2021/13871-6, 2023/10620-8  |  CAPES  N° 001  |  CNPq  N° 303852/2019-4, 421801/2021-2)
PNb0216 - Painel Aspirante
Área: 2 - Terapia endodôntica

Apresentação: 04/09 - Horário: 14h00 às 17h30 - Local: Salão Turquesa

As marcações numéricas de localizadores foraminais eletrônicos correspondem à distância real do forame apical em dentes decíduos?
Maria Eduarda Scariot, Lisa Yurie Oda, Juliana Feltrin de Souza, Clarissa Teles Rodrigues, Felipe Andretta Copelli, Fernanda Barros Steffens, Bruno Cavalini Cavenago
Odontologia Restauradora UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse

O objetivo desse trabalho é avaliar a confiabilidade, a consistência e a concordância das marcações numéricas de cinco localizadores foraminais eletrônicos (LFEs) em três níveis diferentes: "0", "1" e "2", para verificar se essa marcação corresponde à medida real, em milímetros, da distância do forame apical. Para isso, as medições do comprimento dos canais de molares inferiores decíduos (n=46) foram feitas com os LFEs Root ZX (Morita), Root ZX Mini (Morita), iPex II (NSK), Propex Pixi (Dentsply Sirona) e iRoot Apex (Bondent) utilizando uma lima tipo K que melhor se ajustou ao canal radicular nos níveis "0", "1" e "2" indicados no visor dos LFEs, e foram comparadas com a medida feita com microscópio odontológico. Para análise estatística, foi verificada a normalidade da distribuição dos dados, e os dados foram comparados por meio do Coeficiente Correlação Intraclasse (CCI) e os gráficos de Bland-Altman, considerando um nível de significância de 5%. Todos os dados tiveram uma distribuição normal. Houve correlação (p < 0,001) entre as medidas do microscópio operatório e todos os LFEs em "0", "1" e "2". Em "0" e "1", todos apresentaram excelente confiabilidade e consistência. Em "2", houve redução para o Propex Pixi (CCI = 0,799). Considerando uma margem de tolerância de 0,5 mm para as medidas, a análise de Bland-Altman confirmou forte concordância em "0", mas aumento da variabilidade e viés em posições menos apicais.

Considerado uma margem de 0,5 mm de tolerância, os LFEs apresentaram alta confiabilidade, consistência e concordância em "0" - que corresponde à saída foraminal.




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